Conheça uma das plantas daninhas mais agressivas do mundo

Presente em 92 países, a tiririca comum resiste a secas e enchentes, multiplica-se rapidamente e tem grande poder de matocompetição

A tiririca comum (Cyperus rotundus) é a mais agressiva da família das Cyperaceae, ou tiriricas. Encontrada em 92 países, é uma das 10 plantas daninhas mais agressivas do mundo. Tolerante a temperaturas elevadas, secas, enchentes e diferentes condições de solo, está presente em praticamente todo o território nacional.

Entre as diversas espécies do gênero Cyperus, a tiririca comum é a de maior impacto nas culturas de arroz, algodão, milho, feijão, cana-de-açúcar e hortaliças. Também é encontrada facilmente em cultivos de soja, café e frutas, pastagens e até parques e jardins. Além de competir por água, luz e nutrientes, inibe a germinação e brotação de outras espécies através da produção de toxinas (efeito alelopático) e é hospedeira de fungos e nematoides.

A tiririca comum é uma planta perene com porte entre 10 e 60 cm, ramificações subterrâneas em diferentes níveis de profundidade, com crescimento e brotação irregulares. A espécie se reproduz principalmente através de seus tubérculos e bulbos subterrâneos, e também por sementes.

As plantas daninhas do tipo ciperácea, como a tiririca comum, tem grande capacidade de multiplicação. Em condições ambientais favoráveis, um novo caule emerge a partir de um tubérculo entre 7 e 14 dias do após o plantio. A formação de novos tubérculos se inicia depois de 4 a 6 semanas. Mais de 80% dos tubérculos ocorrem nos 15 cm superficiais do solo.

Uma infestação de tiririca comum pode causar grandes prejuízos. Pode formar até 40 toneladas de matéria vegetal por ha. Para 30 toneladas de massa vegetal, extrai 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por ha.

O controle químico é considerado o método mais eficaz de eliminação da tiririca comum, com o uso de herbicidas pré e pós emergentes para exterminar os tubérculos e impedir a formação de novos bulbos na fase jovem da planta, (de 3 a 5 semanas após a emergência). Revolver o solo durante a época de seca é uma boa prática: os tubérculos se tornam inviáveis se dessecados nessa época. Usar sementes e mudas certificadas e não contaminadas e realizar uma boa limpeza dos implementos são medidas que ajudam a prevenir a disseminação da planta daninha.

FONTE: Bayer