Prejuízo: Suinocultores do Paraná sofrem com quebra de contrato e ficam com leitões nas granjas

Cerca de 8 a 10 mil leitões ficam nas granjas por semana após rescisões contratuais, somente em Toledo

Não bastasse a crise na suinocultura independente em relação ao preço de venda dos animais frente aos altos custos de produção, que vem deixando produtores endividados, no oeste do Paraná empresas estão rompendo o contrato com suinocultores sem aviso prévio. A informação é de Geni Bamberg, presidente da Assuinoeste.

De acordo com ela, apenas no Município de Toledo, no oeste paranaense, semanalmente cerca de 8 a 10 mil leitões acabam ficando nas granjas, quando deveriam ir para setores de terminação. O Sindicarne do Paraná, que representa algumas agroindústrias do setor, não se pronunciou a respeito.

Segundo Geni, as empresas que rompem o contrato pagam a multa rescisória ao invés de pagar pelos leitões. Entretanto, o valor pago pela quebra do contrato não cobre os custos de produção com estes animais ficando na granja, se alimentando de ração composta por milho e farelo de soja em patamares de preços altos

Ela pontua que o setor está “apelando às empresas que absorvam essa produção, ao mesmo tempo clamando pela intervenção do governo para que sejam proteladas as dívidas contraídas na atividade, assim como que os juros sejam zerados”. “Os prejuízos já são enormes. Não é possível buscar mais recursos com juros da ordem de 2% ao mês, ou mais”, pontua.

Além disso, na tarde desta terça-feira (7) a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) entregou ofício ao secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, pedindo redução na alíquota de ICMS sobre as vendas interestaduais de suínos, um pleito já conhecido do Estado, além da compra da carne suína produzida no Estado para as instituições que tenham refeitório aos servidores, merenda escolar e sistema prisional, por exemplo.