Futuro preocupa produtor de feijão

” As sementeiras relatam que os produtores não querem saber de falar em assunto que não seja como garantir sua segurança futura”

O preço do feijão-carioca bateu os R$ 350,00 nesse início de semana, de acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) e muito disso tem a ver com os movimentos políticos que estão ocorrendo depois das eleições. Segundo o Ibrafe, o clima também está influenciando nesses valores do feijão.

“Céu de brigadeiro em São Paulo esta semana é o que está previsto pela meteorologia. Perfeito para que os empacotadores encontrem Feijão-carioca nota 9 ou melhor. Ontem, pleno 15 de novembro, com o país em agonia e mostrando que não está para brincadeira, empacotador pagou exatos R$ 354 com prazinho de 10/12 dias”, comenta Marcelo Lüders, presidente do Ibrafe.

Nesse cenário, ele ressalta que é muito importante conseguir prever o que vai acontecer no mercado de feijão. Para Marcelo, a análise de perspectivas futuras é muito mais importante do que a análise da situação atual ou do panorama passado. “Um corretor dizia ontem à noite que o Brás acha que vendendo zero vários dias ainda é referência para Feijão. Vários produtores do Premier com sorriso de orelha a orelha. O que fizemos foi mostrar antecipadamente qual seria a oferta e a possível semana para este período. E acertamos na mosca de novo! É informação estratégica olhando e falando de futuro e não de gráficos do que já aconteceu”, completa.

“As coisas não voltaram ao normal ainda não. Pelo menos no campo não. As sementeiras relatam que os produtores não querem saber de falar em assunto que não seja como garantir sua segurança futura. À beira da estrada já estão se formando gangues para invadir as terras em diversos pontos do Brasil. “Não sei se vou plantar, não sinto segurança,” afirmava ontem à tarde um produtor do Mato Grosso”, conclui.