A futura Argentina e o agro

O resultado das eleições da Argentina deu uma chacoalhada no mercado financeiro daquele país. Com a vitória do grupo nomeado como “Kirchnerismo” , a esquerda volta ao poder, comprometendo assim o desenvolvimento econômico e social com a aplicação de políticas populistas.

Nas eleições presidenciais primárias, em agosto, o mercado reagiu drasticamente, com enorme desvalorização da bolsa e elevação do dólar. Na época, o comentarista rural do Jornal Clarín, de Buenos Aires, Héctor Huergo, alertou que todo o trabalho de crescimento do agronegócio argentino estabelecido nos quatro anos “vai por água abaixo”.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, declarou para as consequências econômicas caso acontecesse uma vitória da oposição.

“O que pode acontecer é horrível. Venho dizendo isso há três anos e meio. Não podemos voltar ao passado, porque o mundo vê isso como o fim da Argentina. O tema é que o ‘kirchnerismo’ já governou, o mundo conhece o que fez”, declarou Macri em coletiva de imprensa.

O Brasil, a Argentina e o agro

O Brasil não exporta praticamente nada, seja de alimentos in natura ou industrializados para a Argentina, quando muito um pouco de café. Mas na mão inversa, a dependência argentina ao mercado brasileiro é grande e Fernández terá que buscar da diplomacia para segurar o impulso pouco amistoso já manifestado pelo presidente Bolsonaro com a vitória do peronismo e a derrota de Mauricio Macri.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ao receber a notícia da vitória da esquerda enquanto viajava ao Oriente Médio para reunião de negócios, declarou:

“Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal. não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual é a posição real dele na política, porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual linha que ele vai adotar”.