A interrupção das atividades portuárias e o efeito dominó

Agro pede ao governo garantia do funcionamento da logística

Um grupo formado por mais de 40 associações e entidades ligadas ao agronegócio enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, solicitando apoio do governo visando “garantir o funcionamento da logística nacional de abastecimento” diante da pandemia de coronavírus.

O documento manifesta preocupação com o porto de Santos (SP), diante da ameaça de paralisação por parte do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.

“Entendemos que o governo federal e as autoridades constituídas têm trabalhado no sentido de atender as medidas necessárias para mitigar risco de contágio. Tais orientações e medidas, em nosso entender, devem ser prontamente atendidas não apenas para que se preservem questões humanitárias, bem como evitar uma crise sem precedentes para o nosso País”, dizem as entidades, na carta obtida pelo Broadcast Agro. Contudo, destaca o documento, se houver paralisação do Porto de Santos, “há elevadas chances” de essa ação disparar processo em cadeia nos demais portos, “destruindo empregos e afundando o País em um ‘efeito dominó’ cujos prejuízos são incalculáveis neste momento”.

Segundo as entidades, a interrupção das atividades portuárias vai na contramão do que tem sido praticado em nações cujo impacto do coronavírus tem sido “ainda mais grave” do que o verificado no Brasil.

“Todos os esforços têm sido no sentido de garantir o livre trânsito de mercadorias, sejam alimentos, combustíveis, medicamentos ou insumos necessários para a produção e para a manutenção do abastecimento das populações ao redor do mundo.”