As notícias para a quarta-feira

Boi: Scot Consultoria registra novas altas em São Paulo

A Scot Consultoria registrou novas altas da arroba em São Paulo. Em média, as cotações subiram R$ 3 no dia e o ágio pago pelo boi China se estreitou. O preço bruto à vista ficou em R$ 248 e a prazo já está em R$ 250, mesmo valor das boiadas voltadas para o mercado externo, porém com pagamento à vista. Em Mato Grosso, na região sudeste do estado, as cotações subiram até R$ 5 e ficaram em R$ 235, bruto e a prazo.

Na B3, os contratos futuros seguiram em alta e a curva já está praticamente toda acima de R$ 250. Inclusive, os vencimentos novembro e dezembro já superam os R$ 251 por arroba. Por outro lado, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) teve ajuste negativo e passou de R$ 248,6 para R$ 247,5.

Milho: mercado segue calmo e com preços firmes, diz Safras

O mercado físico brasileiro de milho seguiu calmo na comercialização, porém, com preços firmes e sustentados a partir de oferta controlada, de acordo com o analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado. No Porto de Santos (SP), os preços ficaram entre R$ 59 e R$ 61 e no Porto de Paranaguá (PR) ficaram entre R$ 58 e R$ 61. O indicador do Cepea recuou de R$ 59,7 para R$ 58,97 e mostra a resistência que os preços têm para retomar novamente patamares acima de R$ 61 a saca.

No exterior, o dia foi marcado por baixas na Bolsa de Chicago nos contratos futuros de milho. O movimento pode ter sido impactado por realizações nos lucros após as cotações atingirem os maiores valores em seis meses. A queda ocorreu apesar da piora nas condições das lavouras, que pode até ter impedido recuo maior dos preços. O mercado segue monitorando as condições climáticas e as vendas externas do cereal norte-americano.

Soja: cotações ficam entre estáveis e mais altas

As cotações da soja ficaram entre estáveis e mais altas no levantamento da consultoria Safras & Mercado, impulsionadas pela valorização do dólar. Ainda assim, o mercado segue lento, com operações pontuais e localizadas. De acordo com a Agrifatto, a dificuldade na originação da oleaginosa segue elevada e as esmagadoras do mercado interno disputam o restante da produção que ainda está disponível.

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja fecharam em baixa em movimento de realização de lucros. De acordo com a Safras, o número abaixo do esperado e o menor em nove meses para o esmagamento dos Estados Unidos contribuiu com o ajuste negativo. A queda só não foi maior em virtude de novas vendas para China.

No exterior: investidores aguardam projeções do Banco Central dos EUA para economia

As bolsas globais seguem em alta com o mercado aguardando as projeções atualizadas do banco central do Estados Unidos para a economia do país. A reunião com a decisão sobre a política monetária termina nesta quarta-feira e a expectativa é que as taxas de juros sejam mantidas no patamar atual. Os investidores vão monitorar as estimativas para inflação, PIB e taxa de desemprego, além das indicações para movimentos futuros nas taxas de juros.

Na agenda econômica, destaque para as vendas do varejo de agosto nos Estados Unidos e dados do mercado imobiliário no país. As estimativas do mercado são de crescimento dos indicadores, dando sequência à recuperação econômica pós-pandemia.

No Brasil: decisão sobre Renda Brasil gera volatilidade nos mercados

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, 15, que não iria mais dar andamento aos estudos sobre o programa Renda Brasil. A proposta pretendia substituir o Bolsa Família, aumentando sua cobertura e valor pago. Como os estudos eram conduzidos pela equipe econômica comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, os mercados ficaram com receio de ruídos na comunicação entre Bolsonaro e Guedes. Por isso, a bolsa e o dólar não acompanharam o otimismo externo.

O índice Ibovespa fechou praticamente estável em 100.297,91 pontos e o dólar subiu 0,3% de R$ 5,276 para R$ 5,289.