Com mercado em alta, produtores do MT já negociam soja de 2021

Diante das boas condições de mercado e em meio às expectativas de produção recorde de soja na safra 2019/2020, os produtores do Mato Grosso já estão antecipando as vendas da próxima temporada (2020/2021).

Segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o total negociado já atinge 4,82% da safra que será semeada a partir de setembro, uma antecipação nunca vista para esta época do ano na comercialização da soja no Estado.

“Apesar do recuo do dólar em dezembro, o mercado da oleaginosa apresentou bons avanços nas negociações, pautado pela alta na Bolsa de Chicago e pela boa relação de troca com os fertilizantes”, observa o instituto em seu boletim semanal. No caso da safra 2019/2020, que está na fase inicial de colheita, a comercialização atinge 59,06% da produção esperada para o ciclo atual e está 12,45 pontos acima do percentual vendido até igual momento do ano passado.

Ainda de acordo com o Imea, o preço médio da soja negociada pelos produtores do Mato Grosso em dezembro ficou em R$ 71,69 a saca de 60 quilos do grão a ser colhido este ano, valorização de 0,79% ante o mês anterior. No caso da oleaginosa da safra 2020/2021, o preço médio recebido pelos sojicultores ficou em R$ 70,77 a saca, alta de 1,03%.

Milho

A demanda também tem se mantido aquecida para o milho no Estado, cuja comercialização da safra 2019/2020, ainda em fase de plantio, atingiu 56,88% da produção esperada. O percentual é 16,23 pontos percentuais acima do registrado em igual momento do ano passado. “Essa movimentação foi reflexo da melhora das cotações, de forma que a média mensal dos negócios ficou em R$ 25,96/saco, aumento de 10,48% em relação ao mês de novembro”, observa o instituto.

A valorização, segundo explicação do Imea, reflete a intensa comercialização da safra 2018/2019, quase 5 pontos percentuais acima do observado no ano passado. “Esse avanço fez com que os estoques ficassem baixos, elevando as cotações, devido à continuidade da demanda pelo grão”, conclui o instituto.