CTR recebe mudas de Bananeiras da FOCO RURAL.

A Comunidade Terapêutica Redenção recebeu da  FOCO RURAL a quantia de 300 mudas de bananeiras da variedade Grande Naine, que foi viabilizado pela doação de empresários e profissionais da cidade de Campo Mourão e que vai ser acompanhado com a assistência técnica da FOCO RURAL, que vai disponibilizar insumos necessários para o desenvolvimento da cultura. A doação, faz parte das boas práticas sociais que a FOCO RURAL desenvolve com o projeto de implantação da cultura da banana na região da COMCAM.

A doação das bananeiras para a Comunidade Terapêutica se dá por ser uma planta aproveitada na sua totalidade – fruta, folhas, tronco e até o “umbigo” (ou “coração”) podem ser usados na produção de artesanato, doces, alimentos para humanos e animais e até como remédio veterinário natural.

Segundo o coordenador técnico da FOCO RURAL Carlos Marek, a cultura da banana está sendo amplamente plantada na nossa região: “É uma cultura de fácil manejo. Escolhendo boa variedade e adquirindo mudas de qualidade, seguindo as normas técnicas de cultivo é possível produzir bem”.

“A bananeira é uma planta incrível, porque pode ser aproveitada por completo. Por ser versátil, cria alternativas de uma alimentação diversificada, agrega valor com a possibilidade da fabricação de vários produtos e com isso pode ser uma oportunidade de melhoria de renda e qualidade de vida para as pessoas.” Diz Marek.

Por ter folhas grandes, flexíveis, impermeáveis e antiaderentes, é utilizada na culinária como embrulho para cozinhar ou assar e na alimentação animal para controle natural de endoparasitas.

A banana é uma fruta rica em amido, vitaminas e nutrientes. Pode ser consumida madura in natura e processada: assada, em forma de vitamina, sorvete, farofa, licor, bolos, pães e em variados pratos. Quando ainda verde, pode ser feita banana chips ou ser cozida para preparar a biomassa usada em mingaus, bolos, pudins, docinhos e outros preparos. Já a casca madura pode ser consumida como bife, em docinhos, bolos e farofa, por exemplo.

O “umbigo” da bananeira, também conhecido como “coração” (a parte vermelha na extremidade dos cachos de banana) é utilizado popularmente no preparo de xarope e na alimentação em forma de refogados, farofas, tortas e guisados.

Pouca gente sabe que, da bananeira, além do cacho, podem ser extraídas fibras  diferentes provenientes do tronco (pseudocaule), o que a caracteriza como uma matéria-prima bastante versátil e que tem gerado renda e qualidade de vida com a produção de artesanato em forma de trançados, cestarias, bolsas, pufes, papel artesanal, tapete e outros itens.

A Comunidade Terapêutica Redenção, que este ano completou 23 anos de trabalho atendendo dependentes de álcool e outras drogas que passam pela recuperação em um período de nove meses. Os serviços oferecidos contam com equipe de profissionais e uma estrutura bem equipada em suas sedes urbana e rural (escritório, salas de atendimento, salão para reuniões, alojamentos, refeitórios, capela, veículos…) e são disponibilizado aos acolhidos práticas laborais,  momentos de reflexão e oração, lazer, acompanhamento médico, psicológico e terapias alternativas. A prevenção e tratamento está fundamentado no tripé: Espiritualidade, atividades práticas inclusivas e disciplina.

 “O trabalho é parte integrante do processo terapêutico na comunidade, como  parte desse processo, está a produção de: hortaliças, milho, feijão, mandioca e frutas;  criação de  animais; atividades de culinária, jardinagem e limpeza e agora teremos a oportunidade de incluir a cultura da banana.” afirma o coordenador terapêutico da Comunidade.

“Todos os acolhidos, dentro de suas possibilidades físicas, participam ativamente de todas as atividades, aprendendo princípios como trabalho em equipe, responsabilidade, compromisso e cuidado pela vida. Isso desenvolve um sentimento de valoração, de pertencimento e empoderamento do trabalho”, explica o Senhor Dalmo, Diretor Presidente da Comunidade.

O Diretor Presidente, Sr. Dalmo, agradeceu a FOCO RURAL e a todos que colaboraram com o projeto e falou que “Tudo o que se faz pelo CTR, se faz pelos acolhidos, que precisam de uma oportunidade. A sociedade mouraoense tem sido parceira da CTR na restauração de vidas e eles precisam de condições para serem reinseridos no mercado de trabalho. Acredito que a plantação de banana, além de servir como trabalho terapêutico pode se tornar em uma profissão, numa cultura que promete ter grande desenvolvimento na região.”

Dalmo completa dizendo que: “O dependente químico encontra muitas dificuldades no mercado de trabalho mesmo após o tratamento, por sofrer até mesmo preconceito. O aprendizado na Comunidade permite que essas pessoas possam voltar ao convívio social para ter uma vida digna, e com maiores oportunidades futuras de emprego”.