Milho da B3 sobe nesta 2ªfeira e Brandalizze vê possibilidade de R$ 100,00 nos portos

Chicago ganhou força e se valorizou com exportações dos EUA

A segunda-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo positivo na Bolsa Brasileira (B3) e voltando a flutuar na faixa entre R$ 94,00 e R$ 97,00.

O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 93,73 com valorização de 1,43%, o julho/22 valeu R$ 94,80 com alta de 1,17%, o setembro/22 foi negociado por R$ 95,75 com ganho de 1,37% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,10 com elevação de 1,36%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as altas registradas na Bolsa de Chicago e o movimento de alta do dólar antes ao real ajudam a dar sustentação às cotações do cereal no Brasil.

“Os portos voltaram a dar de R$ 92,00 à R$ 96,00, com chances de chegar aos R$ 100,00 no milho de dezembro e essa semana pode ser um bom momento para o mercado de milho com boas cotações na exportação do segundo semestre para o milho da safrinha”, destaca Brandalizze.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou mais altas do que baixas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Pato Branco/PR e Luís Eduardo Magalhães/BA. Já as valorizações apareceram em Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Brasília/DF, Eldorado/MS e Amambaí/MS.

De acordo com a análise diária da Radar Investimentos, “no mercado físico do milho, a semana terminou com os negócios ocorrendo de maneira pontual e a saca sendo comercializada na faixa dos R$ 88,00”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do cereal estavam em forte queda nas principais regiões brasileiras desde o início de abril, no entanto, já houve pequena reação em algumas regiões, especialmente as consumidoras. 

Entre 14 e 22 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) avançou 0,72%, a R$ 87,93/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 22. “A recuperação veio após os futuros atingirem os maiores valores em 10 anos na Bolsa de Chicago (CME Group) na semana passada, cenário que animou produtores, que voltaram a reduzir a quantidade de ofertas”. 

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro foram ganhando força ao longo do primeiro dia da semana e encerram o pregão de segunda-feira acumulando flutuações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 8,00 com ganho de 7,25 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,98 com alta de 9,00 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,51 com elevação de 6,00 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,34 com valorização de 9,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), de 0,88% para o maio/22, de 1,14% para o julho/22, de 0,81% para o setembro/22 e de 1,38% para o dezembro/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho se firmaram, recuperando-se da fraqueza inicial com dados de exportação melhores do que o esperado. “As perdas iniciais foram controladas por preocupações com atrasos no plantio no meio-oeste dos EUA”, acrescenta Mark Weinraub da Reuters Chicago.

As inspeções de exportação de milho foram de 1,651 milhão de toneladas, 40% maiores do que na semana anterior e superaram as estimativas dos analistas de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas.