Milho segunda safra corre riscos? Confira a previsão do tempo

O maior risco para o milho segunda safra de Mato Grosso e Goiás é o corte das chuvas a partir de maio. Para as lavouras desses dois estados, as chuvas se estendem até o fim de abril e início de maio. Segundo o climatologista Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia, o grau do risco da lavoura de milho nessas áreas fica muito dependente do calendário de plantio.

“Para Mato Grosso, pode-se considerar de alto risco a lavoura que depender de chuva em maio, enquanto para o sul de Goiás o período de transição favorece a ocorrência de episódios de chuvas, com frentes frias no decorrer de maio, o faz muita diferença para fechamento do ciclo de produção”, diz Etchichury.

Embora Mato Grosso do Sul esteja no Centro-Oeste, o estado apresenta riscos climáticos semelhantes aos do Paraná. Nas lavouras de milho desses dois estados, o principal risco está associado à ocorrência de geadas. No período de neutralidade/transição climática que estamos vivendo, por enquanto sem El Niño e nem La Niña, é comum que a chegada do frio seja antecipada.

“Para este ano há previsão de ondas de frio já para o fim de abril e início de maio. Porém, o frio extremo e risco de geada aumenta somente para o fim de maio e decorrer de junho”, diz o climatologista da Somar.

Segundo algumas consultorias, 90% da lavoura de milho segunda safra foi plantada dentro da janela esperada. Dessa maneira, a geada em junho afetaria pouco ou mesmo nem afetaria esses cultivos.