Uso de aviões e drones contra o coronavírus

A aviação agrícola é uma grande aliada da agricultura. As vantagens desse tipo de aplicação se dão pela agilidade e rapidez para controlar pragas e doenças. A pulverização aérea pode ser usada para aplicação de fungicidas, inseticidas, adubação de cobertura sólidos e líquidos.

Além de sua aplicação nas lavouras, o avião é muito útil no em operações sanitárias. Conforme apontado pelo Sindicato da Aviação Agrícola – Sindag, vem solicitando pesquisas desde 2004 com as autoridades sanitárias do País para que se faça testes para o uso de aeronaves contra mosquitos (dengue, chikungunya e zika).

No caso dos mosquitos, a técnica de aplicações aéreas de larvicidas biológicos e dos mesmos produtos usados nos fumacês terrestres já é largamente usada em países como Estados Unidos, México e inclusive em países da Europa, como Espanha, Alemanha e França. Mesmo com todo esse embasamento positivo e potencial de sucesso, o foco é por pesquisas para adaptar e atualizar tais técnicas à realidade brasileira.

Aviação Agrícola X Coronavírus

Já no caso de aplicação aérea de produtos contra o coronavírus, a falta de referências internacionais ou mesmo de experiências anteriores no País requerem ainda mais cuidado quanto a realização de estudos prévios.

Segundo a organização, é bom lembrar que os produtos de limpeza para desinfecção de ambientes não contam com o mesmo volume de estudos e análises sobre o comportamento no ambiente urbano, ou mesmo sobre a eficiência em pulverizações contra seus alvos (vírus), quanto os produtos para o combate a mosquitos. O simples argumento de que seriam inofensivos por já estarem presentes em produtos de limpezas nas casas é perigosamente simplista.

Teste com drones

Uma parceria público-privada, entre empresa e o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS tem feito testes no Rio Grande do Sul para a utilização de drones em desinfecção de grandes áreas públicas no combate ao coronavírus (Covid-19).

O equipamento utilizado no teste foi um drone de pulverização, com capacidade para 10 litros de produto. O aparelho sobrevoou a área pulverizando produto desenvolvido à base de cloro, preparado pela UFRGS especialmente para a operação. A formulação foi preparada de modo a não liberar vapor no ambiente.

O teste durou cerca de uma hora e a estimativa é de que a cada 15 minutos o aparelho consiga cobrir uma área de um hectare (10 mil m²). O objetivo é a descontaminação de grandes áreas públicas ou de difícil acesso, como arredores de hospitais, ruas, parques e espaços públicos diversos.