Minério de ferro tem terceira queda mensal em Dalian com problemas econômicos na China

O minério de ferro caiu na bolsa de Dalian nesta quarta-feira, marcando sua terceira queda mensal consecutiva, depois que uma pesquisa mostrando uma contração na atividade fabril na China levantou dúvidas sobre uma recuperação econômica no maior produtor e consumidor de aço do mundo.

O minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro, na Dalian Commodity Exchange da China ampliou suas perdas para uma terceira sessão, encerrando as negociações com queda de 1,7%, a 685 iuanes (99,35 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais ativo do ingrediente siderúrgico reverteu as perdas iniciais, subindo 1% para 98,30 dólares a tonelada. No cômputo mensal, também houve perda.

A atividade fabril da China estendeu o declínio em agosto, com novas infecções por Covid-19, as piores ondas de calor em décadas e um setor imobiliário em apuros pesando sobre a produção, mostrou uma pesquisa.

“A fraqueza econômica da China está se tornando cada vez mais impulsionada pela demanda. O sentimento de consumo e investimento entre famílias e empresas é fraco, aumentando o risco de uma espiral deflacionária”, disse Raymond Yeung, economista-chefe do ANZ para a Grande China.

Novos surtos de COVID na China estão aumentando o medo de mais lockdowns no maior consumidor de minério de ferro do mundo antes do 20º Congresso do Partido Comunista, que começa em 16 de outubro.

A perspectiva baixista para a demanda de aço na China no médio prazo também pesou fortemente sobre outros insumos siderúrgicos, com o carvão metalúrgico e o coque recuando 2,4%, também pela terceira sessão consecutiva.